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Agência Energia ajuda na Certificação LEED

Primeiro edifício verde de Minas tem projeto assinado por empresas associadas da ABRASIP MG.

Projetar um edifício inteiramente voltado para o conceito de sustentabilidade, aliando redução dos impactos ambientais com baixos custos de manutenção, é um dos grandes desafios impostos às empresas de engenharia, haja vista a crescente demanda por esse tipo de construção.

Recentemente, foi inaugurado na capital mineira o primeiro edifício verde do estado, cujo projeto é pioneiro ao buscar, junto ao Green Building Council Brasil (GBC Brasil), a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed). A Ecom Engenharia é a responsável pelo projeto de instalações. Já a Agência Energia é responsável pelo projeto do sistema de aquecimento solar do edifício, que pertence à Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz).

O edifício de 58 mil m2, 30 andares e com capacidade para abrigar 2.850 pessoas é inteiramente automatizado e possui características únicas de sustentabilidade e inovação. Segundo o engenheiro responsável, Magno Souza Costa, sócio da Ecom Engenharia, foram adotadas técnicas e produtos que reduzem o consumo de energia e o volume de água potável utilizada. Além disso, o prédio será gerido por um sistema de automação que controlará desde o tráfego de elevadores até os sistemas de irrigação.

Para o sistema de aquecimento de água, foram adotadas as técnicas mais modernas disponíveis no mercado. De acordo com o engenheiro Rodrigo Cunha Trindade, da Agência Energia, o sistema solar vai promover uma economia de mais de 63%. “Tivemos o cuidado de avaliar os itens pertinentes à água quente exigidos na norma Ashare 90.1.2004, afim de que o projeto estivesse atendendo aos requisitos internacionais de desempenho solicitados para certificação LEED”, disse.

Quando decidiu participar da licitação da Forluz para concepção do projeto, a Ecom optou por conceber algo que estivesse alinhado à filosofia do cliente. “A Cemig, empresa que irá ocupar o edifício, é uma empresa que preza pela sustentabilidade e tem isso como carro-chefe em suas atividades. Essa foi a premissa que tivemos em mente quando entramos na concorrência”, explica Magno.

A tarefa de elaborar os projetos de sistemas prediais de uma das mais arrojadas obras arquitetônicas do país constituía um enorme desafio. Uma das maiores dificuldades segundo Magno, foi atender a todos os critérios estabelecidos pela certificação Leed. “Um dos grandes obstáculos é que são exigidas muitas especificações de equipamentos, como bombas e motores, que nos fizeram quebrar a cabeça”, diz o engenheiro.

Foram investidos na obra cerca de R$ 300 milhões e estima-se uma significativa economia de recursos naturais, em razão das técnicas inovadoras utilizadas na construção. Entre elas, podemos destacar a usina de coletores solares fotovoltaicos com uma área de 250 m².

Ainda no quesito energia, segundo Rodrigo Cunha Trindade, foi instalado sistema de aquecimento solar para fornecimento de água quente, uma usina fotovoltaica e grupos de geradores movidos a gás natural (em detrimento ao óleo diesel), com sistema totalmente importado. Um sistema de medidores de energia individuais, por pavimento, permitirá um monitoramento efetivo do consumo. Para a climatização, também foi preciso recorrer a equipamentos de fora do país, que dispõem da melhor e mais eficiente tecnologia disponível no mundo.

Com o objetivo de aumentar a eficiência energética dos aparelhos de ar-condicionado, foram instaladas vidraças duplamente laminadas, que protegem o interior do edifício do excesso de calor e, ao mesmo tempo, possibilitam iluminação natural em 75% em suas áreas internas. A meta de economia de energia será ainda complementada com a adoção de equipamentos elétricos eficientes e lâmpadas de baixo consumo, que garantirão também o selo Procel Edifica para Eficiência Energética em Edificações.

O sistema hidráulico reutilizará a água dos lavatórios e chuveiros – as águas “cinzas” – para abastecer a descarga dos vasos sanitários. Reservatórios receberão as águas pluviais e também a água proveniente dos drenos do sistema de ar-condicionado para abastecer o sistema de irrigação e também a própria torre de ar, responsável pela climatização do edifício.

Outro cuidado na hora da concepção do projeto foi na especificação de materiais, que foram escolhidos levando em conta a possibilidade de reciclagem e baixo índice de rejeitos como, por exemplo, a utilização de moldes pré-fabricados reutilizáveis de polipropileno em vez de formas de madeira.

De acordo com Magno, o custo de um projeto como este é até 30% superior aos projetos convencionais. “A contrapartida ao aumento dos custos de construção é uma redução significativa das despesas de operação e manutenção durante o período de uso e ocupação do empreendimento, em torno de 6,4% e 8%. Isto significa que, em, no máximo 15 anos, essa economia reverterá o capital total aplicado”.

Como funciona a certificação Leed

LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.

A Certificação possui 7 dimensões a serem avaliadas nas edificações. Todas elas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos, recomendações que quando atendidas garantem pontos a edificação. O nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 pontos, nível certificado a 110 pontos, nível platina.

Fonte: http://www.gbcbrasil.org.br/sobre-certificado.php



Publicado em 6 de março de 2015 / Site ABRASIP MG


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