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Novas leis preveem hidrômetro individual e reuso de água

Apartamentos em novos prédios de Belo Horizonte ficarão entre 5% e 6% mais caros para o comprador, em função de duas novas leis que obrigam essas edificações a fazer o reúso da água “cinza”, aquela que já foi utilizada no banho ou na máquina de lavar, e adotar o hidrômetro individual para medir o consumo. O cálculo é do presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Otimar Bicalho.

“Para colocar o reúso em prática, é necessário duplicar o sistema hidráulico do projeto. É um sistema tubular totalmente separado, que precisa de um armazenamento próprio, tudo separado da água potável e do sistema do esgoto. Só essa parte representa um custo entre 5% e 6% mais alto”, explica Bicalho. Se o custo terá esse aumento, estima-se que a alta repassada ao consumidor deve ser, no mínimo, igual.

Segundo a nova legislação (leis 10.840 e 10.838), que passaram a valer no fim de agosto, mas aguardam regulamentação da Prefeitura de Belo Horizonte, deverão contar com o reúso todos os novos edifícios residenciais, comerciais e industriais. Já o hidrômetro individual deve constar nos projetos acima de três andares e/ou com mais de seis moradias.
 

 

 

 

 A preocupação dos construtores é com  a  viabilidade econômica das  construções  mais populares. “O  reaproveitamento da  água é muito  importante e já está sendo  utilizado  na maioria dos projetos de  edifícios de  médio e alto padrão. O  problema pode  acontecer com os prédios  mais  populares, onde o elemento custo é  muito mais sensível. A lei pode  prejudicar o  comprador desses  empreendimentos de  alcançar o  objetivo, que é ter um imóvel  próprio”,  opina o conselheiro do  CMI/Secovi-  MG e vice-presidente do  Sindicato da  Indústria da Construção Civil  no  Estado de  Minas Gerais (Sinduscon-    MG), Evandro  Negrão de Lima Júnior.

  

 Otimar Bicalho reitera a preocupação. “Um    aumento no preço de 5% ou 6% para um  imóvel de alto padrão não afeta tanto, mas  em um prédio popular pode inviabilizar a  compra”, afirma o presidente. Para Negrão  de Lima Júnior, “o mercado deveria ser  soberano para definir a capacidade  econômica de seu consumidor e inserir a  melhoria nos projetos de acordo com a  possibilidade dele”. Otimar Bicalho é  favorável, por exemplo, ao hidrômetro  individual. “É aceitável, mesmo aumentando  o condomínio”, diz. 



Publicado em 24 de setembro de 2015 / Jornal O Tempo


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