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Presidente da Abrasip-MG aponta novos rumos para o mercado de engenharia de sistemas prediais

Preparar e apoiar as empresas para que elas se desenvolvam e se tornem cada vez mais competitivas num cenário de instabilidade econômica e consequente transformações no mundo dos negócios. Este é o principal desafio da Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais (Abrasip-MG), apontado pelo presidente Rodrigo Cunha Trindade. Empossado como novo líder da Diretoria da instituição da gestão 2016-2017, ele afirma que, para alcançar o objetivo, vai trabalhar em três frentes estratégicas: reforçar a representatividade da instituição perante o mercado, trabalhar em defesa da qualificação dos profissionais de engenharia e motivar os líderes de organizações a enxergar o momento como oportunidade para traçar novos caminhos. Em entrevista, Trindade aponta algumas de suas pretensões durante o mandato e fala da atual conjuntura na construção civil, em especial dos segmentos que as empresas da Abrasip-MG atuam.

Como as empresas de engenharia podem sair desse momento e se prepararem para momentos melhores?

A engenharia é responsável por grande parte do que a sociedade constrói. Em tempos de crise, muitos líderes se abalam e deixam o pessimismo tomar conta, ao invés de reinventarem. É importante que as empresas invistam em qualificação, aperfeiçoamento interno e aproveitem o momento de recessão para colocar a casa em ordem e dedicar aos assuntos que em momentos de alta demanda não recebem muita atenção. As instituições que possuem uma gestão interna elaborada devem aproveitar seus recursos, tempo e dinheiro para, momentaneamente, enxergarem novos nichos e reestabelecerem laços com clientes. São bem-vindas as soluções que tem custos operacionais mais baixos, que consomem menos energia, que possam ser construídas com menor custo, em menos tempo e com mais durabilidade. Essa é a hora das empresas de engenharia ofertarem bons projetos a seus clientes e proporem boas soluções, adequadas às realidades que estamos vivendo.

Há oportunidades e seguimentos que ainda atraem e estão demandando as empresas de engenharia?

Sim, existem. As empresas que possuem contratos públicos estão com licitações em andamento e por isso mantem um ritmo bom. Entretanto, os novos contratos diminuíram e ficaram mais disputados. Mesmo no segmento público, a Abrasip-MG percebe um acirramento da competitividade e algumas dificuldades de recebimento junto ao ente público. As instituições que atuam no segmento privado estão diretamente sensibilizadas pela crise por causa da redução substancial do número de lançamentos de novos empreendimentos. Mas, com a diminuição da demanda, devemos aproveitá-la para nos reafirmarmos como bons profissionais. Vemos por aí empresas que se consolidam no mercado justamente na crise, pois fazem o diferencial e entregam o que prometem. Devemos estar preparados para qualquer situação e sobressair no que temos de melhor. Cabe a nós, engenheiros, usarmos a inteligência e resguardar os métodos de gestão e outras formas que foram desenvolvidas nos últimos anos para conduzir as empresas com eficiência. No momento de retomada, aqueles que não se abateram, terão o merecido retorno financeiro e credibilidade no mercado. Esse período de dificuldade ajuda a eliminar do mercado os menos profissionais e empresas que não possuem boa gestão. Podemos afirmar que é uma consequência positiva da crise.

Tanto na engenharia, quanto em outras profissões, o pessimismo está exagerado. Em sua opinião, por que isso acontece?

O que acontece, principalmente entre as jovens lideranças, é que não vivenciaram de perto a crise em outras épocas. Assim como há temporadas ruins nas profissões, existe também momentos favoráveis. Os profissionais que já saíram de uma crise e logo depois prosperaram conseguem avaliar a situação sob uma ótica mais ampla. A maturidade é importante. E é se baseando nas experiências que as pessoas se inspiraram para levar o país ao estágio de produção, gerando riqueza para todos. O futuro existe, e se não aperfeiçoarmos os gargalos e problemas no presente, não acharemos a solução. O líder é o alicerce da cadeia e ele tem que influenciar as pessoas positivamente. Então, de forma democrática, devemos reestabelecer lideranças que nos passam confiança. Devemos aproveitar as riquezas e oportunidades que o país nos oferece. Que a crise sirva de lição para limparmos a corrupção e outros problemas básicos que estamos identificando e confirmando diariamente  nos noticiários.

Como a presidência da Abrasip-MG está enxergando o momento atual para os associados?

Estamos num ano especial e desafiador. É um momento em que a crise está afetando diretamente os segmentos de projetos de instalações prediais. Temos que destacar o papel da presidência com seus associados e aproveitar o ambiente e potencialidades que temos entre nós. A entidade deve construir um ambiente favorável ao desenvolvimento dos profissionais. Queremos um segmento competitivo, um mercado forte, com prestadores de serviços qualificados. Buscamos manter diálogo com os profissionais, fazendo palestras e oferecendo cursos. Passamos a ideia de que é a hora dessas empresas se desdobrarem, ter criatividade, procurar aperfeiçoarem seus processos, para manterem um volume de trabalho melhor possível e entregar a qualidade acordada na contratação. Nesta gestão continuaremos com o propósito de abraçar as causas que melhorem a qualificação dos nossos colaboradores e a competitividade das empresas associadas. Estamos buscando, cada vez mais, a representatividade junto aos segmentos da sociedade onde nossos serviços são aplicados e a relação com as instituições tem sido cada vez mais intensificada. Sabemos que temos muito para contribuir com a sociedade e estamos nos apresentando para fazer isso.



Publicado em 14 de março de 2016 / Abrasip-MG


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